sábado, 25 de setembro de 2010

Solidão: você e eu


O que mais me dói, suponho eu, é que não consigo falar sobre você para ninguém. E acho um ato tão egoísta não conseguir falar o quão bem você me fazia, os tantos sentimentos que você fez nascer em mim. E acho tão hipócrita de minha parte sorrir para os outros, dizer que está tudo bem, fingir que está tudo bem.
Isolei-me, não consigo mais interagir com ninguém, não consigo manter uma conversa por mais de cinco minutos ou de três frases. Em cada pessoa que comprimento, com quem inicio uma conversa: penso em você e me vem tantas coisas em mente que eu gostaria de compartilhar com você. E se eu contasse qualquer uma dessas tantas coisas para outro alguém perderia o sentido, ninguém entenderia. Isolei-me, pois cansei de te imaginar, de te procurar em outras pessoas. Agora te tenho na solidão, no silêncio, na música baixinha que só eu posso ouvir. Tenho-te assim, comigo, na solidão, onde ninguém pode nos interromper e só você pode me entender.   

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