quinta-feira, 7 de outubro de 2010

2ois

Para Trevor; M.
“Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.”
Por Pablo Neruda


– Eu não te amo apenas. Desejo-te. Preciso-te. Assim, bem perto. Mais perto. Colados. Nós dois tão próximo que perdemos os limites de onde termina um e começa o outro, não há limites somos apenas um.
Dois em um. Pele úmida com pele úmida, pêlos com pêlos. Peitos e seios tão unidos que um pode sentir o coração do outro. Disparado. Disparados, os dois corações daqueles dois seres que são apenas um, pulsam juntos.
Línguas se chocam, dançam, brigam, brincam. Gostos de misturam. Unhas causam arrepios incontroláveis. O desejo está na pele, no suor, nos lábios, nos olhos, nos gestos. O amor está na pele, no suor, nos lábios, nos olhos, nos gestos.
Um desejo puro. Um amor sincero. Uma necessidade honesta.
– Cúmplices! Somos cúmplices de um crime inafiançável. Prisão perpetua é a nossa pena: condenados a morrer de amor, morrer juntos.
– E no amor: eternos seremos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário